09 outubro, 2004

Sento-me só a beira do mundo
Entrego-me assim a um sono profundo
sonhando sem parar
com mil coisas de encantar
alcanço um espaço só meu
onde nada é exacto e tudo
depende de facto da vontade de Deus
Sinto-me só e só vou continuar
agarrando a esperança
de um dia encontrar uma
alma perdida
que me possa amar
Sento-me só a beira de tudo
e estou assim sem nada e sem rumo
caminhando por aí, vagueando por aqui
Procurando um futuro
e encontro em ti
nobre vagabundo um porto seguro
Sinto que aqui
junto dos teus braços
o mundo se torna menos pesado
deixando assim para trás
o meu angustiante e solitário passado

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