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28 dezembro, 2010

Careless

You speak of love

But you ain't no lover
You were a friend
More like a brother



As the miles pass beneath me
The sounds made so sweetly came to an end
And no man can deny her but now you're a liar
And you've no room left to defend



When I left
I should have known better
Of the kind of man that you are
You'd have to get her



And I know you got a lot of pain
That's born inside you
But instead of growing stronger
You let it divide you, oh



How could you be so careless
How could you be so careless



And the waves that are crashing
True lives of passion washing on your shore
Yes Sir, life has been costing
A true love's been lost
And I can't get back anymore



And I'm sure
That we both still both love her
And it's a shame we both lost her
And in turn lost each other



But a trust has been broken
And words have been spoken
But you can mend
And no man can deny her
And as you laid beside her
I hope it felt good my friend



How could you be so careless
How could you be so careless
How could you be so careless with her heart

By Amos Lee


11 abril, 2009

PROCURA-SE UM AMIGO

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos. Que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para
não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

Autor Vinicus de Moraes